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Um Relance Passageiro - ROBERT FROST

Traduzido por Igor Saito

Passando de trem, é frequente eu ver flores

Desvanecidas antes que eu intua-lhe as cores.

Quero deixar o vagão e voltar

Ver o que dos trilhos ao lado há.

Nomeio as flores que asseguro não são;

Não o epilóbio que ao solo as chamas dão...

Não o bluebell que a boca dos túneis permeia...

Não o tremoço na seca da areia.

Alguma coisa varreu minha mente

Que na terra jamais saberá qualquer ente?

Um relance seu, àqueles só, o céu dá:

Aos que de perto não podem-lhe olhar.

Poema Original

A PASSING GLIMPSE

I often see flowers from a passing car
That are gone before I can tell what they are.

I want to get out of the train and go back
To see what they were beside the track.

I name all the flowers I am sure they weren't;
Not fireweed loving where woods have burnt

Not bluebells gracing a tunnel mouth
Not lupine living on sand and drouth.

Was something brushed across my mind
That no one on earth will ever find?

Heaven gives it glimpses only to those
Not in position to look too close.